domingo, 2 de agosto de 2009

mário quintana


Mario de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de 1906, quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês.

No ano de 1914 inicia seus estudos na Escola Elementar Mista de Dona Mimi Contino.

Em 1915, ainda em Alegrete, freqüentou a escola do mestre português Antônio Cabral Beirão, onde conclui o curso primário. Nessa época trabalhou na farmácia da família. Foi matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de internato, no ano de 1919. Começa a produzir seus primeiros trabalhos, que são publicados na revista Hyloea, órgão da Sociedade Cívica e Literária dos alunos do Colégio.

Por motivos de saúde, em 1924 deixa o Colégio Militar. Emprega-se na Livraria do Globo, onde trabalha por três meses com Mansueto Bernardi. A Livraria era uma editora de renome nacional.

No ano seguinte, 1925, retorna a Alegrete e passa a trabalhar na farmácia de seu pai. No ano seguinte sua mãe falece. Seu conto, A Sétima Personagem, é premiado em concurso promovido pelo jornal Diário de Notícias, de Porto Alegre.

O pai de Quintana falece em 1927. A revista Para Todos, do Rio de Janeiro, publica um poema de sua autoria, por iniciativa do cronista Álvaro Moreyra, diretor da citada publicação.

Em 1929, começa a trabalhar na redação do diário O Estado do Rio Grande, que era dirigida por Raul Pilla. No ano seguinte a Revista do Globo e o Correio do Povo publicam seus poemas.

Vem, em 1930, por seis meses, para o Rio de Janeiro, entusiasmado com a revolução liderada por Getúlio Vargas, também gaúcho, como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre.

Volta a Porto Alegre, em 1931, e à redação de O Estado do Rio Grande.

O ano de 1934 marca a primeira publicação de uma tradução de sua autoria: Palavras e Sangue, de Giovanni Papini. Começa a traduzir para a Editora Globo obras de diversos escritores estrangeiros: Fred Marsyat, Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virginia Woolf, Papini, Maupassant, dentre outros. O poeta deu uma imensa colaboração para que obras como o denso Em Busca do Tempo Perdido, do francês Marcel Proust, fossem lidas pelos brasileiros que não dominavam a língua francesa.

Retorna à Livraria do Globo, onde trabalha sob a direção de Érico Veríssimo, em 1936.

Em 1939, Monteiro Lobato lê doze quartetos de Quintana na revista lbirapuitan, de Alegrete, e escreve-lhe encomendando um livro. Com o título Espelho Mágico o livro vem a ser publicado em 1951, pela Editora Globo.

A primeira edição de seu livro A Rua dos Cataventos, é lançada em 1940 pela Editora Globo. Obtém ótima repercussão e seus sonetos passam a figurar em livros escolares e antologias.

Em 1943, começa a publicar o Do Caderno H, espaço diário na Revista Província de São Pedro.

Canções, seu segundo livro de poemas, é lançado em 1946 pela Editora Globo. O livro traz ilustrações de Noêmia.

Lança, em 1948, Sapato Florido, poesia e prosa, também editado pela Globo. Nesse mesmo ano é publicado O Batalhão de Letras, pela mesma editora.

Seu quinto livro, O Aprendiz de Feiticeiro, versos, de 1950, é uma modesta plaquete que, no entanto, obtém grande repercussão nos meios literários. Foi publicado pela Editora Fronteira, de Porto Alegre.

Em 1951 é publicado, pela Editora Globo, o livro Espelho Mágico, uma coleção de quartetos, que trazia na orelha comentários de Monteiro Lobato.

Com seu ingresso no Correio do Povo, em 1953, reinicia a publicação de sua coluna diária Do Caderno H (até 1967). Publica, também, Inéditos e Esparsos, pela Editora Cadernos de Extremo Sul - Alegrete (RS).

Em 1962, sob o título Poesias, reúne em um só volume seus livros A Rua dos Cataventos, Canções, Sapato Florido, espelho Mágico e O Aprendiz de Feiticeiro, tendo a primeira edição, pela Globo, sido patrocinada pela Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul

vinicius de moraes


Vinicius de Moraes

Vinícius de Moraes, em foto tirada em 1970
Informação geral
Nome completo Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes
Apelido Poetinha
Data de nascimento 19 de Outubro de 1913
Rio de Janeiro, RJ
Brasil
Data de morte 9 de Julho de 1980 (66 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Brasil
Gêneros MPB
Bossa Nova
Samba
Afiliações Carlos Lyra
Tom Jobim
Toquinho

Vinicius de Moraes [1][2] (Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.

Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.

Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell e Carlos Lyra.

victor hugo



A partir de 1849, Victor Hugo dedica um quarto da sua obra à política, um quarto à religião e outro à Filosofia humana e social. Se o pensamento de Victor Hugo pode parecer complexo e às vezes contraditório, não se pode dizer que seja monoteísta.

Sempre um reformista, envolve-se em política por toda a sua vida. Mas se critica as misérias sociais, não adota o discurso socialista da luta de classes. Pelo contrário, ele próprio viveu uma vida financeiramente confortável, construída com seus próprios esforços, tornando-se um dos escritores mais bem remunerados de sua época. Acreditava no direito do homem usufruir dos frutos do seu trabalho, embora reforçasse a responsabilidade que acompanha o enriquecimento pessoal. Desse modo, sempre buscou prosperar enquanto doava uma parte significativa de sua renda para diferentes obras de caridades.

Seu principal romance, os Miseráveis, narra a história de um self made-man, Jean Valjean, um sujeito que foge da prisão e reconstrói sua vida através do trabalho. Valjean monta uma empresa e, através dela, traz prosperidade para a sua região; além disso, usa sua fortuna em obras de caridade para ajudar os pobres. Suas boas obras são interrompedias apenas quando um policial - um agente do Estado - decide interferir arbitrariamente nas atividades privadas da sociedade civil.

Os Miseráveis, portanto, traz claramente a filosofia política de Victor Hugo. É um mundo onde há cooperação - e não luta - entre as classes; onde o empreendedor desempenha um função essencialmente benéfica para todos; onde o trabalho é a via principal de aprimoramente pessoal e social; onde a intervenção estatal por motivos moralista - seja do policial ou do revolucionário obcecado pela justiça terrena - é um dos principais riscos para o bem de todos que será gerado espontaneamente pelos indivíduos privados.

Ele também se opõe à violência quando ela se aplica contra um poder democrático, mas a justifica (conforme à Declaração dos direitos do homem) contra um poder ilegítimo. É assim que, em 1851, lança um chamado à luta - "carregar seu fuzil e ficar preparado" - que não é seguido. Mantém esta posição até 1870, quando começa a Guerra Franco-Prussiana; Hugo a condena: "guerra de capricho" e não de liberdade.

Alberto Santos Dumont (Palmira, 20 de julho de 1873 — Guarujá, 23 de julho de 1932) foi um aeronauta e inventor brasileiro, considerado o inventor do avião.

Santos Dumont foi o primeiro a decolar a bordo de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico e o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e populares. Em 23 de outubro de 1906, ele voou cerca de 60 metros a uma altura de dois a três metros com seu 14 Bis, no Campo de Bagatelle, em Paris. Menos de um mês depois, em 12 de novembro, repetiu o feito e, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros. O vôo do 14-Bis foi o primeiro verificado pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar na Europa, e possivelmente a primeira demonstração pública de um veículo levantando vôo por seus próprios meios, sem a necessidade de uma rampa para lançamento.

Apesar de a maioria dos países do mundo considerar os Irmãos Wright como os inventores do avião, por uma decolagem ocorrida em 17 de dezembro de 1903, com o uso de uma catapulta, o 14-Bis teve uma decolagem auto-propulsada, e por isso, Santos Dumont é considerado em seu país de origem, o Brasil[1] e em alguns países, por exemplo, a França, como o "Pai da Aviação"[carece de fontes?].

Herdeiro de uma família de cafeicultores prósperos na cidade de Ribeirão Preto; pôde se dedicar aos estudos da ciência e da mecânica vivendo em Paris. Ao contrário de outros aeronautas da época, deixava suas pesquisas como domínio público e sem registrar patentes.

A casa onde nasceu Alberto Santos Dumont situa-se no atual município de Santos Dumont, zona da mata mineira, a 240 quilômetros de Belo Horizonte e 220 quilômetros do Rio de Janeiro. O local foi transformado no Museu de Cabangu. Também em Petrópolis existe o Museu Casa de Santos Dumont

Juscelino Kubitschek de Oliveira , foi um médico, militar e político brasileiro.

Conhecido como JK , foi prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas Gerais (1951-1955), e presidente do Brasil entre 1956 e 1961. Foi o primeiro presidente do Brasil a nascer no século XX e o último mineiro a chegar à presidência da República pelo voto direto.

Foi casado com Sarah Kubitschek, com quem teve as filhas Márcia Kubitschek e Maria Estela Kubitschek.

Foi o responsável pela construção de uma nova capital federal, Brasília, executando assim o antigo projeto, já previsto em 3 constituições brasileiras, da mudança da capital para promover o desenvolvimento do interior do Brasil e a integração do país.

Durante todo o seu governo, o Brasil viveu um período de desenvolvimento econômico e estabilidade política. Com um estilo de governo inovador na política brasileira, Juscelino construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.

"Quando escrevo, repito o que já vivi antes.
E para estas duas vidas, um léxico só não é suficiente.
Em outras palavras, gostaria de ser um crocodilo
vivendo no rio São Francisco. Gostaria de ser
um crocodilo porque amo os grandes rios,
pois são profundos como a alma de um homem.
Na superfície são muito vivazes e claros,
mas nas profundezas são tranqüilos e escuros
como o sofrimento dos homens."
GUIMARÃES ROSA

Einstein é popularmente conhecido como o pai da teoria da relatividade, mas recebeu o Prêmio Nobel especialmente pela descoberta da lei do efeito fotoelétrico, fato pouco conhecido pelo grande público. Além dessas duas áreas de conhecimento, Einstein tem contribuições importantes em várias outras áreas da física. Seu primeiro artigo científico foi publicado em 1901, na Annalen der Physik, sobre as "conseqüências do efeito da capilaridade", um problema de termodinâmica. Continua nessa linha de trabalho até 1905, publicando dois artigos em 1902, um em 1903 e outro em 1904, todos na Annalen der Physik. Depois vêm os magníficos trabalhos de 1905, para muitos, o annus mirabilis da sua vida científica.

O primeiro artigo deste ano miraculoso foi publicado com o título "Über einen die Erzeugung und Umwandlung des Lichtes betreffenden heuristischen Standpunkt" ("Sobre um ponto de vista heurístico concernente à geração e transformação da luz"). Entre os cinco, este foi o único considerado revolucionário pelo próprio Einstein. Em carta ao amigo Conrad Habicht, Einstein comenta: "(...) O artigo trata da radiação e das propriedades energéticas da luz e é muito revolucionário, como você verá(...)" (Stachel, p. 5). É neste artigo que Einstein formula a lei do efeito fotoelétrico, fazendo uso da constante de Planck para definir o quantum de energia do fóton, uma partícula associada à luz. Sob vários aspectos esse trabalho ocupa um lugar de destaque na história da física. Em primeiro lugar ele retoma a interpretação corpuscular da luz, uma idéia defendida por Isaac Newton e que fora abandonada depois dos efeitos de interferência observados por Thomas Young em 1801. Depois, há uma ironia nessa história. O triunfo da teoria ondulatória da luz teve seu auge com o estabelecimento das equações de Maxwell, em 1861, segundo as quais a luz era identificada com as ondas eletromagnéticas. A existência das ondas eletromagnéticas foi comprovada em 1887 através de experimentos realizados por Heinrich Hertz. Ao mesmo tempo em que gerou ondas de rádio ("ondas hertzianas"), Hertz observou que a incidência de luz sobre um objeto metálico provocava uma corrente elétrica; estava descoberto o efeito fotoelétrico!

O segundo artigo, "Eine neue Bestimmung der Moleküldimensionen" ("Sobre uma nova determinação das dimensões moleculares"), foi aceito, no mesmo ano, como tese de doutoramento na Universidade de Zurique. Nas palavras do próprio Einstein, o artigo tratava da "determinação do tamanho exato de átomos a partir da difusão e da viscosidade em soluções diluídas de substâncias neutras" (Stachel, p. 5).
O terceiro artigo, "Über die von der molekulartheoretischen Theorie der Wärme geforderte Bewegung von in ruhenden Flüssigkeiten suspendierten Teilchen" ("Sobre o movimento de partículas suspensas em fluidos em repouso, como postulado pela teoria molecular do calor"), trata do movimento Browniano, descrito pela primeira vez em 1828, pelo botânico Robert Brown ao observar que o pólen de diversas plantas dispersavam-se na água sob a forma de um grande número de pequenas partículas, as quais apresentavam um movimento aleatório (Einstein, 1956).


O quarto artigo, "Zur Elektrodynamik bewegter Körper" ("Sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento") era, segundo Einstein (Stachel, p. 5), "apenas um esboço grosseiro" sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento, usando uma modificação da teoria do espaço e tempo. Este "esboço" contém o primeiro trabalho sobre a teoria da relatividade restrita.

No quinto artigo, "Ist die Trägheit eines Körpers von seinem Energieinhalt abhängig?" ("A inércia de um corpo depende da sua energia?") Einstein propõe sua famosa equação E=mc2. Na carta enviada a Conrad Habicht, Einstein comenta: "Ocorreu-me mais uma conseqüência do artigo sobre a eletrodinâmica (dos corpos em movimento). O princípio da relatividade, em conjunção com as equações de Maxwell, requer que a massa seja uma medida direta da energia contida num corpo; luz transporta massa com ela." Concluindo que a hipótese poderia ser testada em corpos nos quais o "conteúdo energético é variável em grau elevado, por exemplo sais de rádio" (Pais, 1995, p. 170), Einstein mostra que não está seguro: "O argumento é divertido e sedutor, mas por tudo que conheço o Senhor pode estar rindo de tudo isso e pregando uma peça em mim" (Stachel, p. 5).

Além do inegável valor científico desses trabalhos, há um interessante contexto de natureza psico-social na elaboração dos mesmos. Trata-se da mais refinada e autônoma produção intelectual, realizada por um técnico do Departamento de Patentes de Berna, sem título de doutor e rejeitado pela comunidade acadêmica.

A partir de 1905 Einstein inicia uma frenética produtividade, com uma média superior a 5 artigos por ano. Esta média diminuiu consideravelmente depois que ele ganhou o Prêmio Nobel, em 1921. Depois dos trabalhos publicados no annus mirabilis, sua contribuição mais importante apareceu num artigo de revisão (1907) intitulado: "Über das Relativitätsprinzip und die aus demselben gezogenen Folgerungen" ("Sobre o princípio da relatividade e as conclusões tiradas dele"). Neste artigo ele introduz as primeiras idéias sobre a teoria da relatividade geral, cuja versão na forma que hoje a conhecemos só foi aparecer em 1915, na seqüência de vários artigos publicados ao longo de oito anos.
Vale lembrar, como curiosidade, que Feuer (p. 100-109) desenvolve uma argumentação segundo a qual impulsos emotivos conduziram Einstein até a denominação teoria da relatividade. Ele chama a atenção para o fato de que o escritor contemporâneo preferido de Einstein era Thorstein Veblen, que tinha uma teoria sobre o relativismo histórico. Uma assertiva originada nos trabalhos de Marx, e usada por Veblen, estabelece que as leis econômicas não são universalmente verdadeiras, mas são relativas a determinado sistema social. Para reforçar parcialmente o ponto de vista de Feuer, é interessante observar que em artigo comemorativo ao septuagésimo aniversário de Einstein, Sommerfeld (Shilpp, p. 99-105) destaca a má escolha do nome teoria da relatividade, chamando a atenção para o fato de que no primeiro trabalho de Einstein, "Sobre a Eletrodinâmica dos Corpos em Movimento", o conceito central é a independência das leis naturais do ponto de vista do observador, e não a percepção relativa de comprimento e duração. Em 1928, o próprio Einstein reconheceu que "princípio da covariância" teria sido uma denominação mais apropriada que "teoria da relatividade". Teriam o ambiente sócio-cultural e o zeitgeist da sua geração o influenciado nesse sentido? Feuer tenta convencer-nos que sim. O caráter emocional do termo "relatividade" foi tão forte a ponto de justificar a denominação, ainda mais artificial, de "teoria da relatividade geral", ao invés de "teoria da gravitação".



CARL EDWARD SAGAN, Astrônomo e Biólogo, nasceu em New York, Estados Unidos, em 9 de novembro de 1934. Em 1960, obteve o título de doutor pela Universidade de Chicago. Dedicou-se à pesquisa e à divulgação da Astronomia. Em 1968, foi para a Universidade de Cornell, onde dirigiu o Laboratório de Pesquisas Planetárias. Sagan interessava-se pela pesquisa de vida extraterrestre, razão pela qual desenvolveu trabalhos voltados à escuta de sinais vindos do espaço cósmico. Em entrevista à Revista Veja (27 de março de 1996), Carl Sagan diz que as antenas de rádio da Universidade da Califórnia em Berkeley captaram, ao longo de alguns anos, 30 milhões de sinais intrigantes, e que depois de minuciosa seleção sobraram 164 transmissões classificadas como "misteriosas". Suas fontes não puderam ser identificadas, faltando para os cientistas aquilo que é essencial em ciência, que é a reprodução do fenômeno. "Sem que os sinais se repitam, não podemos considerá-los", disse o astrônomo. Nesta linha de pesquisa, porém, sempre defendeu a necessidade da promoção do pensamento crítico e racional, sem misticismos. Chefiou as expedições das sondas americanas Mariner e Viking, pioneiras na exploração do sistema solar e foi incentivador dos grandes projetos de rastreamento do cosmos em busca de sinais de alienígenas, pois acreditava que as chances da humanidade captar algum sinal desta natureza aumentam a cada ano com o barateamento e o refinamento das tecnologias. Carl Sagan tinha uma habilidade enorme para comunicar idéias complexas de modo simples, o que lhe permitiu editar, dentre outros, o livro "Cosmos" e logo depois a série televisiva com o mesmo nome, voltada para o grande público. Foi o inspirador de muitos astrônomos jovens. Sagan era brilhante em suas idéias. Numa conferência, era capaz de discutir detalhes sobre moléculas orgânicas e a origem da vida, ou lançar uma discussão sobre política. Parecia entender de tudo. Representou um papel significativo no programa espacial americano desde o seu começo. Foi consultor e conselheiro da NASA desde os anos 50, trabalhou com os astronautas do Projeto Apollo antes de suas idas à Lua, como ainda participou dos projetos da Mariner, Viking, Voyager, e das missões da sonda Galileo. Fez estudos que ajudaram a entender os mistérios das altas temperaturas de Vênus, as mudanças sazonais de Marte e a névoa avermelhada de Titã (satélite de Saturno), que deve possuir moléculas orgânicas complexas. Por seu trabalho, recebeu numerosos prêmios de reconhecimento, inclusive o prêmio mais alto da Academia Nacional de Ciências. Foi eleito presidente da Divisão de Ciências da Sociedade Astronômica americana, presidente da Seção de Planetologia da União Geofísica americana e presidente da Seção de Astronomia da Associação americana para o avanço da ciência. Juntamente com o Astrônomo Frank Drake, foi também editor, por 12 anos, da revista Icarus. Foi co-fundador e presidente da Sociedade Planetária e ainda Cientista Visitante Distinto no Laboratório de jato-propulsão da NASA. Recebeu 22 títulos honoris causa de universidades americanas. Seu último livro foi "O Mundo Assombrado Pelos Demônios - a ciência vista como uma vela no escuro", já lançado no Brasil, no qual demonstra nítida preocupação com o espaço cada vez maior ocupado, nos meios de comunicação, pelas explicações pseudo-científicas e místicas. Carl Sagan morreu no dia 20 de dezembro de 1996 no Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, Estados Unidos, depois de uma batalha de 2 anos com grave doença na medula óssea. Ele já havia recebido um transplante de medula em abril de 1995. Sagan sempre será lembrado como um gigante da Astronomia mundial. O mundo da Astronomia ficou um pouco mais pobre, mas o céu, sem dúvida alguma, ganhou mais uma estrela... ‘’CARL SAGAN’’

sábado, 1 de agosto de 2009




terça-feira, 17 de março de 2009

Radialista Paulo Oliveira muda de idade e diz está preparado para disputar cargo político em 2010
O radialista cearense Paulo Oliveira que tem a maior audiência da Rádio Verde Mares AM 810, muda de idade e já está de olho na disputa política de 2010. Um homem decidido e determinado, há mais de trinta anos acorda cedo para fazer o que mais gosta, os seus programas no rádio e na TV. Em uma cena observada ontem na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará quando recebia uma homenagem do Roberto Farias, Paulo ficou lado a lado com o prefeito de Iguatú Agenor Neto, percebeu-se a sua vontade de disputar um cargo político. Se depender de apóio na política, não vai faltar.